Como dirigir sem dor na lombar

4 dicas para reduzir dores na coluna provocadas por má postura no carro
Texto: Adriana Bernardino
Fotos: da autora/Renato Takahashi

Antes do câmbio automático, do vidro elétrico, do celular e outras inovações tecnológicas o corpo encontrava mais ocasiões para fazer aquilo que lhe é inerente: mover-se. A rigidez corporal praticada na dinâmica da vida urbana – dirigir e trabalhar sentando por longas horas, por exemplo – representa uma das vilãs das dores nas costas.

“Hoje 80% da população apresentam ou irão apresentar dor lombar”, diz o fisioterapeuta Helder Montenegro, especialista em Reconstrução Muscular Articular da Coluna Vertebral.

Segundo Montenegro, os efeitos colaterais mais comuns ocasionados pelo trânsito são dores lombares e articulares, tensão na base do pescoço, dores nos membros inferiores e superiores, além de problemas circulatórios. “O fator desencadeante dessas dores é a postura sentada inadequada e a permanência prolongada nesta posição. Acima de 45 minutos, a musculatura começa a se fadigar”, alerta.

Manutenção preventiva
Com quase mil novos carros todos os dias nas ruas e, conseqüentemente, mais tempo no trânsito, motoristas e passageiros não podem abrir de mão de certos cuidados com a coluna. O banco dos veículos é o primeiro obstáculo a ser vencido.

“A padronização dos assentos usados pelos meios de transporte contribui para os maus hábitos posturais, pois raramente dão suporte adequado à coluna lombar. O encosto ideal deve fornecer um suporte lombar para que a lordose seja mantida, evitando assim futuras dores lombares ou prevenindo o agravamento das lesões já instaladas”, explica o Montenegro.

Mudança de postura
O fisioterapeuta dá dicas especiais para que a saúde de sua coluna não seja comprometida enquanto você dirige. São elas:

Inclinação – um suporte lombar pode promover o conforto do indivíduo quando sentado. Como poucos assentos fornecem o suporte adequado, o rolo lombar portátil ou toalha enrolada são essenciais para pessoas com problemas lombares em progressão.

O rolo irá facilitar a manutenção da lordose e da postura correta. Já o uso da toalha tem sido considerado eficaz, pois fornece o volume de acordo com a maneira que é pressionada.

Onde colocar: a toalha deve ficar na altura da terceira vértebra lombar, acima da bacia.

Apoio lombar, rolo lombar ou toalha enrolada que estejam fora das medidas podem provocar dores. O tamanho desse suporte dependerá do biótipo de cada indivíduo.

Braços e pernas – regule a distância do banco para que carga adicional no uso dos pedais não seja transmitida para coluna lombar. Os braços devem estar relaxados e com os cotovelos semifletidos para não tensionar ombros e pescoço. Nada de dirigir “em cima do volante” nem muito afastado, evitando assim que os braços e pernas fiquem esticados. Pausas freqüentes são importantes para evitar sobrecarga nos discos intervertebrais.
As pernas devem ficar paralelas. Evite dirigir com os joelhos muito flexionados, pois se corre o risco de comprometer a circulação sanguínea.

Chicote – o pescoço também merece cuidado especial. Para que não haja o chamado “chicote”, isto é, movimento brusco do pescoço ocasionado por freadas, a cabeça deve estar próxima ao encosto, mas não relaxada sobre ele, já que a posição pode provocar sono.

Farol vermelho – hora de parar. Faça repousos intercalados com movimentos adequados, como alongamento. Esses cuidados simples melhoram a dor e evitam a falta de condicionamento físico.

Pioneiro em adaptar a técnica de estabilização vertebral para dentro da sala de musculação, Montenegro recomenda também atividade física que possa prevenir dores na coluna, as mais indicadas são musculação e pilates. “Lembre-se: nunca levante ou suspenda um peso sem contrair a musculatura abdominal e sem dobrar os joelhos. Atividade física em excesso também pode causar dor na coluna vertebral. No primeiro sintoma ou crise de dor, procure um profissional especializado em coluna”.

Fonte: Revista Webmotors

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