Meu nome é Flávio Ramalho (40), surfista, Presidente da ASUP-CE, Funcionário Publico.
Comecei a surfar com 14 anos de idade, e nestes 26 anos posso dizer que este esporte faz parte da minha vida e na minha alma, todavia, nunca fiz nenhum tipo de atividade de condicionamento físico, como musculação ou qualquer coisa que me preparasse meu corpo para Surf depois dos 30.
Há anos sofria com Torcicolos intensos aliados a lombalgias, cada vez mais o tempo passava essas dores aumentavam a intensidade, até que em Março de 2011, o meu corpo praticamente travou.
Os Torcicolos não paravam mais e as uma lesão lombar não permitia mais eu me levantar, me deixando totalmente curvado.
Fui a alguns médicos especialistas em coluna que a todo custo queriam me abrir, sem fazer um tratamento antes, eles afirmavam que o que tinha era muito sério não poderia dirigir pois corria o risco de ficar tetraplégico, a única solução era a operação para retirada dos discos.
Meu diagnostico: possuo 02 Hérnias Cervicais C4 e C5, discopatia degenerativa, artrose, acompanhada de espondilólise e de espondilolistese lombar (um problema crônico que nasceu comigo) que está acabando com o disco, criando protrusão no local.
Bem, essa sopa de palavras difíceis e a ideia de não poder trabalhar e ser produtivo, operação e nunca mais surfar, me deixaram com depressão profunda, fiquei 10 dias em uma cama e tinha medo até de entrar no carro.
Até que meu primo o Ortopedista Dr. Edilberto Ramalho, que é um dos médicos mais conceituados do Brasil que mora no RJ, me indicou o Dr. Fernando Façanha, cearense e um dos melhores médicos especialistas no assunto de coluna do Brasil, o Dr. Fernando, antes de dar um prognóstico, avaliou meu caso com muita calma e crivo e fez uma série de exames e testes, então, ele me informou que a operação era realmente é um fato, e que era uma instância de ação para problemas como o meu, mas antes devia fazer um tratamento e se buscar uma cura.
O mesmo me explicou que eu não tinha a perca de massa muscular, dormência, paralisia e nem Irradiação de dor para os locais como mãos e braços, realmente o que eu tinha era sério, mas tinha solução e não era a operação, ele me mostrou como o meu corpo havia se adaptado ao problema, sou leigo, mas amigos médicos ficaram impressionados com a detecção dessas alterações, somente um especialista sério e estudioso saberia disso.
Ele me alertou sobre a musculatura que envolve a coluna, ela não era desenvolvida na região cervival, isso era perigoso e que eu precisava criar essa musculatura para fortalecer a região e acabar com a pressão exercida nestes discos que poderiam piorar e ter os sintomas que eu ainda não sentia.
O Dr. Fernando me explicou que teria que mudar muitas coisas da minha vida, como postura, forma de dormir e acordar, entrar e sair do carro, etc… Além de abdicar de alguns esportes de impacto pesado como o Skate, que antes fazia muito, ele me disse que se eu fizesse tudo direitinho eu voltaria a surfar!
Então Dr. Fernando receitou a fisioterapia do ITC como tratamento.
Quando fiz minha avaliação pelo ITC com o Dr. Helder Montenegro e o Dr. André Alcantará, ambos foram incisivos e me garantiram que eu iria voltar a surfar em 3 meses, fiquei muito ansioso, mas tinha que ter paciência e muita perseverança. Foram quase três meses de fisioterapia – tração, alinhamento da coluna, alongamento da musculatura e a osteopatia.
As dores pareciam que não iam mais acabar, mas aos poucos estavam desaparecendo, o corpo estava reagindo, mas o importante era seguir a risca as recomendações do Dr. Fernando e dos meus fisioterapeutas (Dr. André, Dra. Sâmara. Dr. Ícaro e Dra. Mônica), como mudar totalmente minha rotina, exemplo: a forma de dormir (não foi fácil), corrigir minha postura no trabalho, emagrecer 10 kilos. Etc. Tudo funcionou muito bem, foi um trabalho pesado, o Dr. Fernando acompanhou tudo e ficou muito satisfeito com os resultados.
Hoje faço, o reforço muscular com o método de Pilates e que deverá ser feito para o resto da vida, pois o segredo esta na pequena musculatura que sustenta a coluna, ela esta agora diminuindo o esforço antes praticado pelas articulações.
O mais importante que hoje voltei a surfar com a mesma intensidade de antes, surfo a remo em um esporte chamado de Standup Paddle ou SUP, que é um esporte Havaiano que trabalha o muito core e o equilíbrio (Propriocepção).
Também consigo surfar de longboard, mas ainda não consigo surfar de pranchinha e nosso objetivo e chegar lá com o reforço muscular, estabilização cervical, lombar e persistência.
O que tenho é degenerativo não tem volta, continua lá, mas as dores horríveis e as crises acabaram sem remédios pesados, agora tenho que me manter sempre em forma, praticando uma dieta saudável com exercícios regulares e nunca passar dos meus limites, o importante para curtir a vida, que só se tem uma.